Egresso da FUNORTE fala sobre os desafios da medicina veterinária
Promissora, a carreira em medicina veterinária é diversa e, hoje, oferece inúmeras possibilidades de atuação. Sávio Fernandes, de 28 anos, veterinário formado pela Funorte, transformou seu amor pelos animais em uma carreira de sucesso. Graduado em 2020, Sávio trabalha como consultor exclusivo em um haras, além de gerenciar uma empresa que leva o seu nome e que se tornou referência em todo o Norte de Minas. Casado com Maria Cecília e pai de Joaquim, o médico veterinário busca atualmente a evolução tanto pessoal quanto profissional.
Sávio, como surgiu a paixão pelos animais e como foi a escolha da carreira?
Meus avós são do município de Santa Rosa de Lima, e lá passei boa parte da minha infância no período das férias e finais de semana em contato com cavalos em uma fazenda, onde o gerente Antônio (conhecido como Tone de Agnelo) era um grande amigo que me colocou em contato com os animais. A partir dos nove anos, já ia sozinho de ônibus para o município e dali começou minha jornada com os cavalos. A partir dos 12 anos, já amansava os animais de serviço da fazenda sempre aprendendo cada vez mais com pessoas ali do entorno. Em relação à escolha da carreira teve um período que investi no sonho e ser jogador de futebol, mas o sonho pelos cavalos falou mais alto e, aos 18 anos, após formar o ensino fundamental, resolvi viver do treinamento de cavalos e comecei a cursar medicina veterinária.
Quais foram os desafios na graduação?
Cursar veterinária foi um desafio, primeiro, pelo curso ser integral onde precisei trabalhar e estudar para manter o curso. A graduação na Funorte foi algo muito importante pela excelente base prática e teórica que recebi de todos os professores, o que me proporcionou ingressar no mercado de trabalho com muita tranquilidade. Lembro que no início da faculdade, eu tinha um emprego de representante comercial e atendia alguns animais para completar a renda e nos intervalos das aulas sempre atendia alguns clientes. Quando o negócio apertou, escolhi concluir o curso e continuar com meu treinamento de cavalos onde senti que estava realizando o meu sonho de viver da medicina veterinária.
Na profissão, hoje, qual é a sua atuação?
Na época da faculdade, eu possuía uma empresa chamada CTE Corbã que era um centro de treinamento eqüestre onde eu preparava animais para competição. Hoje, trabalho com consultoria técnica exclusiva em um haras, com objetivo principal em formar mão de obra qualificada e cuidar exclusivamente dos animais em um todo. Paralelo a esse trabalho, eu comando a empresa que leva o meu nome, dando consultoria e visando aprimorar e aperfeiçoar a mão de obra em nossa região. Vou até os clientes e seus colaboradores capacitando-os a treinar toda a sua tropa agregando valor ao seu plantel.
Somente gostar dos animais é o suficiente?
A maioria das pessoas pensam que somente gostar de animais é o suficiente para se tornar um médico veterinário e posso dizer eu no inicio eu fui um deles (risos), mas quando você realmente entra para a graduação percebe a verdadeira realidade e vê que é necessário dedicação, esforço e muito conhecimento técnico e prática para se tornar um médico veterinário de qualidade. Outro facilitador foi já trabalhar na área de treinamento, porque quando me formei eu já tinha muito mais conhecimento e, por isso, muito mais propriedade para trabalhar com os animais e entender até que ponto eu poderia condicioná-los.
Qual a importância do médico veterinário e sua evolução nos últimos anos?
Hoje, o médico veterinário é um profissional que vai muito além dos atendimentos clínicos. Estamos também ligados à produção de alimento de origem animal sendo uma profissão de suma importância para todas as cadeias de produção. A veterinária é um campo de grande crescimento onde vejo uma grande brecha para potencializar ainda mais essa área, principalmente, nas especializações onde vejo que é a maior necessidade e como isso uma melhor remuneração financeira para a profissão.
Qual o recado você deixa para quem quer cursar veterinária?
Eu faria tudo outra vez! É um curso diferenciado que abre um leque de opções para trabalhar e para fazer aquilo que ama. Estou sempre aberto para qualquer dúvida e troca de opiniões, e acho muito importante alarmos daquilo que vivenciamos no dia a dia.
Fotos: Leo Queiroz
Leonardo Queiroz
Repórter