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Projeto CONVIVER – Aprenda e gere renda, parceria Funorte e Polícia Militar

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O mês de outubro começou repleto de novidades e parcerias importantes para o desenvolvimento e integração das comunidades e universo acadêmico.

No dia  01/10/2021, foi desenvolvido o primeiro ciclo de palestras/oficinas do Projeto Conviver: “Aprenda e Gere Renda”. O evento aconteceu no bairro Village do Lago II e contou com a participação da reitora do Centro Universitário Funorte, Doutora Raquel Muniz, e com a parceria da Polícia Militar, representada pelo 1º Sargento Enivaldo e pela Cabo Ariadna. Os policiais destacaram a importância das oficinas que possibilitam abrir novos horizontes com intuito de gerar emprego e renda. Também estiveram presentes a professora e coordenadora do curso de Nutrição, Éryca Jovânia, que conduziu o evento e as acadêmicas do curso, Fernanda Ferreira Costa, 6°período, Katiane Cristina Rodrigues da Silva, 8° período, e Samira Chaves do 5° período.

O evento recebeu ainda apoio de Carlim Supermercados, Supermercado DAMARIA, Drogaria Minas Brasil e EMBALAMONTES, que se prontificaram em atender, qualificar e empoderar mulheres em situação de vulnerabilidade social.

A oficina recebeu mais de 30 mulheres que participaram de produção de doces, geléias, sucos com ênfase no reaproveitamento alimentar. O projeto incentiva o empreendedorismo e apoia as mulheres com a finalidade de conscientizá-las que é possível alcançar a independência financeira. Os militares Adriana e Enivaldo destacaram que A PMMG está empenhada em melhorar a qualidade de vida das mulheres, abrindo novas perspectivas.

Em entrevista, Raquel Muniz destacou a importância do projeto e das atividades de extensão que estão sendo realizadas, envolvendo professores e acadêmicos. 

“Iniciando as atividades do Outubro Rosa, a Funorte junto com o curso de Nutrição e os demais cursos, reiniciou uma parceria que sempre teve com a PAC – Projeto de Apoio à Criança, e acabamos de lançar um projeto que veio para ficar. Através de uma parceria com a Polícia Militar que já evidenciou alguns bairros com vítimas de violência doméstica, e a partir disso foi solicitado para criássemos alguma atividade que pudesse fortalecer essas mulheres. E será através dos meios de extensão, que a faculdade estará trabalhando com elas.

A partir do Projeto CONVIVER, nós, junto com a Polícia Militar, vamos fazer ações em que os militares identificaram uma frequência muito grande de agressões contra a mulher e vamos levar uma “vacina”, isto é, o projeto CONVIVER para conscientizar essas mulheres, dar apoio, mas, sobretudo dar dignidade a cada uma, proporcionando também a capacidade de produzirem, e se profissionalizarem tanto dentro da Funorte, como em cursos de capacitação que levaremos para dentro da comunidade. Aquelas mulheres que tiverem filhos, terão a oportunidade de levar as crianças para trabalhos recreativos, pois muitas delas não podem sair de casa, porque precisam olhar os filhos. Então, vamos também acolher esses meninos durante essas práticas profissionalizantes e ao final capacitar as mulheres para produzirem a sua própria renda ou estarem capacitadas para assumir empregos. Essa parceria busca trabalhar justamente com esse público alvo, é uma parceria forte”, conclui a reitora.

De acordo com a Cabo Ariadna, a Funorte foi essencial para estar alavancando o projeto e ajudando pessoas que tanto precisam. 

“Eu trabalho com o Sargento Enivaldo na patrulha de prevenção a violência doméstica da Polícia Militar que é um portfólio que cuida especificamente do acompanhamento de vítimas de violência doméstica. Então, um grande sonho nosso era de ter parceiros para esse projeto de oficinas, culinárias, estética, que também poderiam ajudá-las a gerarem renda, porque o que observamos durante as ocorrências é que muitas mulheres tinham dificuldade de sair desse ciclo de violência por causa da dependência financeira, sem contar outras dependências emotivas, psicológicas, envolvendo também a baixa autoestima. Vale lembrar, que existem também outras questões como constrangimento de ser uma mulher separada, medo de ameaças e medo de perder os filhos, então a gente observava que era muito difícil para romper esse ciclo de violência. Portanto, esse projeto é necessário, e a gente vem buscando esses parceiros e a Funorte foi essencial para estar alavancando, tirando do papel essa busca que a gente tanto queria. Estar aqui participando é um sonho”, afirmou ela.

Encerrando a oficina, Carla Alexandra Lobato Silva, moradora do bairro expressou o seu sentimento de gratidão pela iniciativa e relatou a importância que tudo isso tem para ela e para as demais famílias. 

“Esse projeto ajuda bastante a nossa comunidade, faz a gente crescer e isso não só para as mulheres, mas também para as crianças, pois oferece educação e lazer. Como somos de uma comunidade mais carente acaba que muitos de nós não temos condição de dar esse suporte para as crianças e realizar investimentos que favoreçam a nós mesmos. É muito gratificante, pois aprendemos bastante e esperamos que mais oficinas como essa possam ser realizadas aqui. Podemos crescer, aprender e consequentemente ajudar nossos filhos com isso. Não é só algo para aprender a fazer coisas, mas sim uma oportunidade para evoluir”, concretizou Carla.